Em tempos de "Crise", "Crie"

Matéria do Professor Claudio Zanutim
Fiquei pensando aqui com meus botões e resolvi compartilhar este pensamento com vocês.
Tenho para mim que não vivemos uma crise de crédito e sim uma crise de credibilidade, onde as organizações e/ou empresas não estão sem crédito, mas sim sem credibilidade, ou estão a caminho de ficar sem.
O esforço dos gestores empresariais e de todos os envolvidos no mundo chamado corporativo deve ser pela busca e retomada da credibilidade antes da busca pelo crédito. Veja, não estou dizendo que o crédito não seja importante.
Busca pela credibilidade das ações, dos negócios, das relações, dos compromissos, da palavra, nas negociações, na forma de vender e de oferecer os produtos/serviços e da ética. 
Nossas empresas precisam trabalhar com mais seriedade na busca e/ou no resgate da credibilidade.
Um destes dias, (para minha indignação, e não que seja um bobinho eu imagine que o nosso mundo é mundo de “Bob” de fantasias e de sonhos), um rapaz, me contou um história sobre o comportamento empresarial de certa empresa onde ele trabalhou. Esta empresa pagava valores em dinheiro para alguns médicos para que eles indicassem a droga que esta empresa produzia em detrimento de outra, que poderia ser mais barata ou mais eficaz para o paciente. Algumas vezes a atitude era mais absurda, indicava sem nem mesmo o paciente ter a necessidade do remédio. Por exemplo, o paciente estava com dor de estômago e o remédio era para depressão. 
Ora, a crise então é de credibilidade mesmo, e generalizada. Todos nós nos achamos no direito de tirar uma lasquinha, de também pegar a nossa parte, afinal somos espertos e somos brasileiros.
As negociações no mundo dos negócios dependem de nós que fazemos parte deste universo corporativo. Nós somos os agentes transformadores. Então que se inicie a partir de você o processo do resgate da credibilidade.
Espiritualidade na empresa significa navegar no universo das negociações e não das negociatas.
Da para ganhar dinheiro, vender mais e melhor, melhorar o faturamento, melhorar o EBTA, remunerar os stockholders, de forma ética e responsável. 
Com compromisso com a credibilidade duradoura.

Bons negócios!
Escritor, Palestrante e Professor Claudio Zanutim